• Rede de Aterramento
  • 04 de agosto de 2017
  • Aterrar uma instalação é fundamental para a segurança das pessoas e dos bens materiais. Além disso, contribui ativamente para a compatibilidade eletromagnética (CEM).

     

    Vamos falar nessa matéria sobre a Rede de Aterramento. O tema encerra a nossa série sobre a solução completa para infraestrutura. Se tiver dúvidas e quiser saber mais sobre o assunto acesse nossas matérias anteriores:

     

     

    O aterramento de uma instalação elétrica é um elemento fundamental para a segurança desta e de seus usuários. Suas características são descritas na NBR5410.

     

    Como funciona?

    Por definição a Terra (no sentido do planeta Terra) é a referência de potencial elétrico para tudo. Por isso, quando se conecta o fio e um equipamento à Terra se diz que este equipamento está “aterrado”.

     

    A norma acima diz que todas as partes metálicas não energizadas de uma instalação elétrica devem estar aterradas, ou seja, conectadas à Terra, através de um sistema adequadamente dimensionado.

     

    Então é fácil!

    Porém, a vida não é tão fácil assim. Veja algumas perguntas interessantes que surgem no mundo técnico:

     

    • Como é que nós fazemos para conectar um fio a Terra?
    • Se o fio que eu conecto tem uma resistência ao passar uma corrente vai haver uma diferença de potencial e, portanto, meu equipamento não estará mais no potencial de Terra (aterrado)?
    • A Terra não é homogênea, podendo haver diferenças em sua composição com a diferença de alguns metros de distância. Como garantimos que o potencial elétrico será homogêneo?
    • O meu fio de aterramento pode ter qualquer comprimento?
    • Imagine um equipamento muito grande. Se eu aterrar um só ponto dele posso considerar que todo o equipamento está aterrado?
    • Posso usar o para-raio de minha instalação como ponto de aterramento?

     

    Nosso objetivo

    Bem, nosso intuito aqui não é nos aprofundarmos nestas questões e as colocamos aqui para dar as seguintes sugestões:

     

    • Se você não é profissional da área procure um profissional que irá cuidar para que tudo esteja correto.
    • Se você é um profissional já deve estar consciente do desafio, mas nunca é demais revisar as normas.

     

    Aterramento é realmente complicado.

     

    Então, qual o objetivo dessa matéria? Somente ressaltar, ainda mais, a importância desse elemento de sua instalação e em especial três pontos:

     

    Segurança das pessoas

    A primeira razão da existência do aterramento é a proteção da vida humana. Como dissemos anteriormente, todas as partes metálicas não energizadas devem estar aterradas.

     

    Se um cabo energizado encostar-se a uma superfície metálica, por exemplo, uma eletrocalha, ocorrerá um curto circuito e as proteções do sistema irão evitar um acidente.

     

    Agora imagine uma situação em que esta eletrocalha não esteja aterrada. O cabo defeituoso irá energizar esta eletrocalha e caso uma pessoa encoste nela esta pessoa servirá como condutor entre ela e a Terra.

     

    Podemos ter duas situações neste caso:

     

    • Isto foi um descuido realmente, mas a instalação conta com um sistema de aterramento e um disjuntor residual. Este disjuntor residual desarma antes da pessoa perceber algo.
    • A instalação está realmente mal conservada. Não há disjuntor residual. Nosso personagem sofrerá um choque com consequências imprevisíveis.

     

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    Segurança dos equipamentos

    No mundo de hoje diversos equipamentos geram interferências eletromagnéticas (IEM). Estas interferências podem gerar falhas nos equipamentos de uma instalação e por vezes requerem blindagens contra estas interferências.

     

    A eficiência destas blindagens é muito maior se conectadas a um sistema de aterramento eficiente, aumentando a Compatibilidade Eletromagnética (CEM) destes.

     

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    Segurança contra descargas atmosféricas

    Finalmente, o aterramento é um elemento fundamental na proteção contra descargas atmosféricas. Alguns poderão dizer que uma descarga atmosférica é só um caso especial de IEM.

     

    Só que é tão especial que há uma norma, a NBR5419, específica para tratar de Sistemas de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDAs).

     

    Observe que não é só o uso de para-raios que realiza esta proteção. Todas as instalações e equipamentos devem estar conectados ao aterramento e protegidos por Dispositivos Protetores de Surto (DPSs) para que este sistema seja efetivo .

     

    A tensão de contato limite representa o valor do Limiar abaixo do qual não há risco de choques elétricos. Como regra geral, a tensão nominal das instalações é mais alta que a tensão de contato limite. Para assegurar a ausência de perigo, a tensão de toque presumida Uc deve permanecer abaixo da tensão de contato limite.

     

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